domingo, 11 de julho de 2010

Canções num banco de praça, num domingo nublado.

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Sim, de amor se faz um poema
Daqueles bem daqueles mesmo.
Se bem que quando sincero dói tão bem...
Tão bem.
O quanto tens sonhado comigo?
O quanto tens sonhado?
Queria conhecer teus sonhos.
Queria definitivamente que me provocasse e cativasse e provocasse e quem sabe te contaria também um ou dois.
E me abraçasse tão forte e tão forte e tão fundo que talvez tocasse minha solidão.
Que estivesse em algum lugar na noite com amigos, rindo, bebendo, amando e pensando vez ou outra com saudade e ternura no seu amor, que neste dia preferiu beber em casa com a própria tristeza.
Mas pode ter certeza que ele estaria acalentado por saber de teu sorriso.
E iria querer saber de tudo o que se passou, no dia seguinte.
Sairia com teus momentos, beberia de tua embriagez e faria boas piadas de teus acontecidos.
Riríamos juntos.
Tão abraçados...
Na próxima iria contigo.
...
Serias minha parceira no que nos desse na mente.
Partdas de xadrez, tarde na praia, rir dos outros, correr na rua pela manhã, rodas de violão, bons filmes e alguns medios, discussões íntimas após o sexo, festas boas com amigos e chatas com familiares - vice-versa, chorarias em meus ombros e acariciaria tua nuca.
Nos tornaríamos talvez gradualmente chatos e nos abusaríamos de coisa ou outra, nos afastando aproximando afastando aproximando.
Não é lindo?
Mas minha ternura viveria sempre.
E se um dia viesse o adeus, se nos acabássemos e nos machucássemos.
Viesse o sufoco e os outros e os tempos tão tristes...
Acima de tudo te dou uma única garantia, que é a certeza de que nunca serás esquecida.

Rafael Tenorio
Recife, 11 de julho de 2010

Um comentário:

ceci disse...

saudosista, não?
meio malancolico ou será cheio de cólera?!

gostei!