segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Segundas-feiras

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Às vezes tenho medo de teus olhares me improvisando.
Tuas bocas, sempre a mil semi-serrando meus olhares poucos tão fechados.
Hoje a noite vai ser curta.
Muito curta.
Mas nunca sei como ser para que tu sejas comigo de tua melhor forma...
Te esqueci por esses dias, foi até bom.
Mas desses um jeito (tu sempre dá) de novamente me fazer angustiado de manhã – Hã? Foi só um sonho?
E woooooooow!!! Virou bagunça.
Tudo de novo?
Não, sempre acredito que dessa vez saberei lidar com as diferenças.
Dessa vez saberei lidar com as diferenças.

Rafael Tenorio
Recife, 29 de novembro de 2010

domingo, 11 de julho de 2010

Canções num banco de praça, num domingo nublado.

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Sim, de amor se faz um poema
Daqueles bem daqueles mesmo.
Se bem que quando sincero dói tão bem...
Tão bem.
O quanto tens sonhado comigo?
O quanto tens sonhado?
Queria conhecer teus sonhos.
Queria definitivamente que me provocasse e cativasse e provocasse e quem sabe te contaria também um ou dois.
E me abraçasse tão forte e tão forte e tão fundo que talvez tocasse minha solidão.
Que estivesse em algum lugar na noite com amigos, rindo, bebendo, amando e pensando vez ou outra com saudade e ternura no seu amor, que neste dia preferiu beber em casa com a própria tristeza.
Mas pode ter certeza que ele estaria acalentado por saber de teu sorriso.
E iria querer saber de tudo o que se passou, no dia seguinte.
Sairia com teus momentos, beberia de tua embriagez e faria boas piadas de teus acontecidos.
Riríamos juntos.
Tão abraçados...
Na próxima iria contigo.
...
Serias minha parceira no que nos desse na mente.
Partdas de xadrez, tarde na praia, rir dos outros, correr na rua pela manhã, rodas de violão, bons filmes e alguns medios, discussões íntimas após o sexo, festas boas com amigos e chatas com familiares - vice-versa, chorarias em meus ombros e acariciaria tua nuca.
Nos tornaríamos talvez gradualmente chatos e nos abusaríamos de coisa ou outra, nos afastando aproximando afastando aproximando.
Não é lindo?
Mas minha ternura viveria sempre.
E se um dia viesse o adeus, se nos acabássemos e nos machucássemos.
Viesse o sufoco e os outros e os tempos tão tristes...
Acima de tudo te dou uma única garantia, que é a certeza de que nunca serás esquecida.

Rafael Tenorio
Recife, 11 de julho de 2010

sábado, 10 de julho de 2010

Circulando o sangue no corpo.

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Tomar uma cerveja, amanhã a mãe faz feira.
Ip Ip, hurra!
Não faz bem parte do senso poético a imágem do camarada que vai fazer aqueles belos versos sentado no PC tomando uma latinha e comendo um pão com um queijo caseiro...
Ou talvez faça, pros iniciados. (ou prós), mas aí é o ponto em que sou avant guard e digo que é com vocês.
Na verdade, a frase acima tem bem menos ironia do que poderia ter tempo atrás.
cigarro
E com relação ao humor, estou num momento em que prefiro confiar nos clows.

Sim, é esse meu momento.
E com esse momento vem um eu e é isso que espero que meus amigos compreendam.
Tem uma hora em que cansa segurar esse eu, e eu há há, e eu hé hé.
Moça do turbilhão, o que faço contigo...?
-Como fazer contigo? Pergunta quase morta.
Está morrendo, mas será certo?
Não consigo criar uma metáfora maravilhosa feito drummont.
EU não consigo.
EEEEEEEEEEEEEEEEU

U U U

eu

Moça do turbilhão, eu penso definitivamente no que FAZER contigo.

Te lanço - amo, bem do meu jeito - na escada?
Te esqueço. E isso é duro demais, é duro do jeito que quando escrevi fechei os olhos e olhei pra baixo, porque doeu e doi e doi. DEMAIS
Não te esqueço. E isso é ponto, convicção. juventude? HA HA ha - tá no pacote.

cigarro
Já me mandaram parar.
Mas não faz sentido, eu sou o Zé da angústia.
Daria uma rima com Augusta, e você sabe que dava pra colar.
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..
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Eu queria escrever agora "três pontos", mas o segundo - o do meio - saiu sem querer.
Seria poético.
Acabou sendo mais ainda...
E é mais feito um cinzeiro cheio, mas cheio mesmo de bitucas. CHEIO

É CIGARRO PRA CARAI!

Não, eu não deixaria terminar desse jeito.
Não é minha poesia, eu sou o cara do anti-clímax!
Se não se ligou, leia os outros poemas, tem abaixo.
Sim, é escrita pra blog.
Direto na caixa de escritos do blog.
Porque o blog acaba sendo caixa de ressonância.

POR FAVOR, COMENTA NO BLOG, isso me faz muito bem.

Poééééééeética...

Me faz um bem danado.

E adorei conversar hoje com Bernardo, B(b)erlano, Normando, Valmir com seu novo cavanhaque...
Foi mal Diego, mas hoje tu não fez tanta parte assim.

Hoje foi um dia... Acho que dava pra escrever bem mais, mas o sono tá foda.

Fufufutefutefutebol.

Bol

Bol

Rafael Tenorio
Recife, 10 de julho de 2010

domingo, 4 de julho de 2010

Fundamental é ser feliz (o princípio do prazer).

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E entre fotos, mil fotos e blogos e noches
Entre o sono, doce sono, um sono de amanhã
Mais um te ver, último te ver.

Será

Querer
que será

será

Sen tido?


Não

faz?


Querer-te conhecer

Rafael Tenorio
Recife, 5 de julho de 2010.

domingo, 4 de abril de 2010

sábado, 27 de março de 2010

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O que fazer pra expressar o que se mostra indizível?
Como fazer pra mostrar que lá no fundo há um mudo gritando?
Às vezes é difícil não chorar.
Como mostrar a flor em um botão, o sonho em uma idéia, um porém em tantos sins?
Como ser o que se é?

...

Acho que é por isso que tantas vezes me calo.

Rafael Tenorio.

O mesmo poema, outras palavras.

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Tenho vivido um instante repetitivo, um instante reflexo.
Se dá tantas vezes num mesmo período, no tempo-estado do encadear de mais fundas minhas emoções.
O olho se abtua ao momento, o presente-presente.
Se esquece muitas vezes de quem olha - quem olha sou eu.
É a vida-vivida, a vida-situação, este belo monstro conservador de serenidade.
É o espaço de sonhar, de acreditar nos sonhos.
É tempo de amar o ser amado e sentir em tão doce concepção que o aí-estar vai tão bem que obrigado.
Se vai bem é perene e calmo, e isso é bom.
Só que de tempos em tempos os olhos se voltam para o ente observador.
O sonhar quer viver de sonhos e a situação não basta e as pessoas não bastam.
O mundo-grande se situa e sua imágem expõe a pouca imágem bem vivida.
A fotografia inerte se curva e retorce, se treme instável.
Do movimento o pulso firme do viver se entrega ao marginal do sentir.

CRASH!

Daí que nasce a poesia.

Recife, Novembro de 2009