quarta-feira, 21 de maio de 2008

Encontro.

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Quem és tu?
Habitante de mim.
Resultante de um sonho bom.
Quem és tu?
O mais belo vazio na escuridão.
Esperança de um sol no amanhã.
Quem és tu?

Te sinto, te canto,
Ò incógnita tão mais que perfeita,
O mais belo dos cânticos celestiais.
O qual de tão longe enviado foi,
Somente para louvar o momento único
Em que todos os astros, deuses e até mesmo o infinito
Se curvarão perante o mais belo dos grãos de areia,
O mais cândido dos pingos do oceano.
Momento este tão divino e profano,.
Uma dubialidade somente comparada à dualidade do bem e do mal.
Momento este tão insignificante,
Tão desimportante,
Pateticamente belo...
Uma irrelevância tão irrelevante,
A ponto de fazer o próprio tempo parar.
E os pássaros,
Sempre os pássaros...
Estes virão de todos os cantos.
Trazendo em si cada raio de sol, cada imagem, cada lembrança.
Sorrisos despretensiosos por motivos banais.
Trarão também cada lágrima derramada ao testemunhar de uma triste madrugada.
E também a sensação de leveza que acompanha o raiar do sol.
Estes sim...
Estes virão para anunciar uma nova era,
A era do sol, do mar.
Virão para anunciar uma revolução no cosmos,
Para modificar totalmente a forma das coisas serem e agirem.
Virão para anunciar a era dos sonhos,
Era de todos os sonhos...
A era das banalidades, das coisas inúteis,
A era da felicidade.
Logo após presenciarão a morte do poeta
E se irão, levando consigo todas as antigas emoções.

(Rafael Tenorio)

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