terça-feira, 20 de maio de 2008

Noites Boêmias.

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Enquanto a noite passa, tarde
Já foi, e o que sobrou ao fim,
O resto, o bojo, pouco rende.
E anseia, em si, o si, pra si.

Mais triste, é fato, o que espera.
Já vai, se foi, sem tanto alarde.
E o certo, é certo, um tanto fera,
Mais certo foi, e em vão pretende.

Após, então, do largo tento,
O longo certo enfim entorta,
E faz-se logo o torpe vento.

E a vida é forte em arte volta,
Mas sinto o agora, e tal lamento,
Já mata o si, e a antes morta.

(Rafael Tenorio)

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