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Às vezes...
Quando resolvo sair das vazadas muralhas de minha residência.
Encarar o mundo real, o bárbaro mundo real,
O real mundo real.
Bem... Em meio às minhas aventuras.
Heróicas aventuras...
Eu o vejo em todas as partes,
Me persegue, me assombra.
O indigente, ser das trevas que vaga pela imensidão da cidade.
Muitas vezes a meus pés, com uma intimidante cabeça baixa, uma infernal subordinação.
Mas quando vejo-te,
Maltrapilho, imundo, destruído.
Um trapo de gente, um resto de gente.
E penso em nossa humanidade,
Nossa maltrapilha, imunda, destruída humanidade.
É pensando nela que percebo,
Ah! Indigente...
Mas tu é mais gente que eu.
(Rafael Tenorio)
sexta-feira, 23 de maio de 2008
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Um comentário:
delicioso, meu jovem.extremamente de bom gosto, sem clichês e rimas 'bestas', nada de lirismo 'besta'.
fiquei num estado de transe quase que completo: entrei no seu mundo ainda incerto, ainda a procura.
vou entra nessa onda de anotar virtualmente.assim nos comunicamos pelo universo paralelo das palavras entrelaçadas aos pensamentos mais profundos.
até lá, querido poeta da noite.
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